domingo, 12 de dezembro de 2010

trivial pursuit

Sou malabarista dos meus próprios pensamentos e ilusionista dos meus sentimentos. Quero domar isto que me desequilibra e me põe a contar infinitas possibilidades de avançar para algo não muito nítido.
"Acreditas que não consigo dormir? Já não me sentia assim há tempos! Dei por mim a pedir outro telefonema teu, em que te ris da maneira como eu gosto e me perguntas qual o mês que me custa mais a passar. Todos antes de te conhecer, óbvio. Eu não sei como é que existem pessoas que não dão valor a uma miúda tão inexplicável como tu! A tua força é de tal forma contagiante que até eu fico com medo que me parta ou assim. Eu vou dar-te o valor que mereces, vou ajudar-te a ultrapassar isto comigo e lutar por alguma coisa que ainda não sei bem qual é. És mesmo especial e lá quem te tenha feito sentir o contrário não sabe quem tem aí(...)"
O que é que é suposto responder a isto? O que é que é suposto pensar?
Quero fechar os olhos mas eles não obedecem! Não quero ser fraca!
Será que vai ser assim para sempre? Rejeitarmos, negarmos algo por termos o coração cheio de passado? É que a culpa é deles porque vêm cá bater na altura errada!
Hoje lembrei-me daquele ser. Muito mais do que devia. Recordei uma vez em que lhe pedi um bocado de gelado de mentol e ele me olhou de forma surpreendida. Porque é que só me lembro destas coisas? Quero lembrar-me deste que me invadiu a vida sem aviso e me transportou para o seu mundo!
E porque é que continuo a escrever aqui? Estou com raiva disto tudo! Se ao menos o blog me desse respostas concretas, mas não! E porque é que me dói a cabeça? E porque é que ele existe para me atormentar (ainda) com aquele cheiro e aquela postura descontraída? Porquê? Não me digam que não existem respostas porque não acredito! Porque é que não fecho os olhos como lhes disse que ia fazer?
Cala-te coração, não te quero ouvir mais! Bem-vinda sejas cabeça, tomaste as rédeas da situação.

Uvas, vou comer uvas.

2 comentários:

  1. a tua cabeça vai guiar-te desta vez. eu conheço-te. deixa, no entanto, o coração ir junto com ela

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