terça-feira, 10 de maio de 2011

urso #2

Pegaste no meu lado amargamente apagado e transformaste-o na improbabilidade da minha vida. Conseguiste criar movimentos indefinidos no meu corpo e levaste-me onde pensei nunca mais ser levada. Consegues olhar-me nos olhos e descrever-me em virtudes e em defeitos. Compreendes tudo ao promenor. Não impões barreiras nem pontos para o futuro e era isso que eu mais queria. Perguntas como estou, insistes em saber tudo, não queres segredos, desconfias quando não me pronuncio da melhor maneira e agarras na minha mente e maneira de pensar num abanão tão bom que me leva para lá das 2 da manhã. Fazes-me ver que estou crescida e que também tu cresceste.
Ainda me lembro de confessar aos meus botões, quando apareceste, que era incapaz de ter alguma coisa com o protótipo perfeito de rapaz estranhamente sem defeitos. De repente, cativaste esta alma magoada, quebrada e isolada, e sem mais nem menos, empurraste-a para aquilo que eu gosto de chamar de 'avalanche de qualquer coisa'. Decifraste todos os meus códigos, não deixaste nenhum para trás, e ainda criaste o nosso código. Adormeces-me com as tuas palavras nessa voz que incrivelmente me deixa a morrer de saudades quando a deixo de ouvir. Estranho, não? Muito estranho, exageradamente estranho, estupidamente estranho.
E o que é que veio compilar essa tua amizade tão maravilhosa, essa sedução arrepiante e essa sinceridade em tudo de ti? O teu beijo naquela noite.
Afinal, o coração pode alojar todo o tipo de carinho sem se lembrar das cicatrizes manhosas.

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