terça-feira, 6 de julho de 2010

e acabou por ser assim, maravilhoso

Não consigo escrever, apetece-me simplesmente transpor para aqui todos os momentos que vivi nos melhores dias da minha vida. As minhas meninas e tu, um feio que me enche o coração e me toca a alma a cada olhar.
Tento fechar os olhos, não dá. Tento perceber o que me envolveu naquela diversidad e volta a não dar, tento recriar tudo e é impossível. Limito-me apenas a respirar e esperar que volte tudo outra vez, nem que seja numa fraca neblina, aquela que se fazia sentir no raiar da manhã cada vez que abria o estore e te tinha atrás, embrulhado nos lençóis, depois de um abraço aconchegante, naquela 'cama tão quente, tão senhora dos nossos momentos'.
É como o blackout: nada muito claro, nada muito específico, mas tudo muito intenso com mil olhos em cima de mim, com uma estranha mistura de vozes a repetirem 'ela está bem, ela está bem'. Mas não estava, porque como o nome indica, tudo se apagou. Ou melhor, acho que foi naquele momento que acordei e vi tudo à minha volta, foi naquele momento que as cores se tornaram claras, foi naqueles 20 segundos que transformei charadas em caminhos simples. E depois voltei àquele desmaio de emoção e energia. Prefiro assim, prefiro dizer que aquele momento foi o rejuvenescer do que sentia aqui dentro e que afinal a vida tem valor. São estas coisas que nos lavam a vista, verdade? Após muita conversa, são perguntas que ganham finalmente resposta, são sinais que fazem sentido, são momentos que nos trazem à realidade, são medos que são partilhados, são lágrimas que fazem ligação, são amores que crescem e crescem e continuam a crescer.
Desmaio de cinco dias, com um curto sufoco pelo meio, acordo com elas ainda mais próximas e contigo ainda mais cravado cá dentro. Resta-me continuar a respirar e escrever-vos um obrigada.

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