quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

aprenderei?

Cheguei do estágio e apetece-me falar contigo. Não aguentei, tive de me desmanchar em lágrimas. Dói tudo. Tudo. Estou tão cansada. Corroída... A mesma conversa.

Refleti.

Sou esponja. Absorvo tudo. Meu ou não. Absorvo. Então meu. E depois transborda por todo o lado.

Mas sou pessoa. Sou filha. Irmã. Neta. Namorada. Amiga. Estagiária. Estudante. E isso acaba e vem a máquina em piloto-automático e esmaga todos os meus outros papéis.

A minha mãe nota. E sei que sente a minha falta.

O meu melhor amigo, o meu companheiro, o único que olha para mim e vê tudo tal e qual sou (e não admito ser), agarra-me para não cair. Suporta-me quando também precisa de ser suportado. Mas não desiste de mim, mesmo quando lhe berro e digo para desistir. Ama-me e eu amo-o. E mais uma vez bato na mesma tecla de sempre: não me amo.

Só porque tinha de escrever e transbordar para algum lado, pois tenho um papel de responsabilidade para com uma série de crianças que precisam de mim estagiária.

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