sábado, 3 de dezembro de 2011

cold desert- kings of leon

Acordo. O sol está a brilhar. Encadeia os meus olhos e os primeiros pensamentos do dia. O meu quarto está gelado e a ponta do nariz esfriou bastante. A minha cama torna-se cada vez mais protectora e o mundo não inspira confiança. Ganho coragem e deixo todos os meus medos possuírem-me num ciclo irregular. Quinze minutos depois levanto-me e dirijo-me à janela. O dia está lindo, a chuva deu tréguas e cheira a frio. Um grupo de amigos passa de bicicleta e percebo que a noite de quinta-feira é o tema de conversa. Várias imperiais, várias ganzas, várias "miúdas", várias longas horas no esquecimento de tudo o que (n)os consome negativamente. Nem se aperceberam da minha companhia. Sento-me na cama na esperança de forças chegarem para me despir de preconceitos e vestir nudismos sinceros passando-me pela cabeça o pesadelo da noite que se passou.
- Porque é que ainda há destas perturbações aqui? -pergunta o coração.
- Porque tens medo que te apareça mais uma vez pela frente e não saibas controlar os teus batimentos. -responde a cabeça.
Foi por isto que desisti de pensar. Porque nunca encontro respostas concretas para aquilo que vivo quando alguém vive melhor. Não é um alguém qualquer, é aquele alguém que existe na vida de toda a gente. No fundo é o teu alguém que está de baixo de todas as tuas merdas, manias e suores.

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