terça-feira, 6 de setembro de 2011

não te quero, não te tenho, não te transformo #1

Eu disse que não acreditava no amor? Se calhar pronunciei-me mal, eu não acredito é que ele faça coisas impossíveis e alinhe as estrelas num destino a nosso favor. O amor até pode existir mas acreditar nele e nas suas proezas é que é o delas!
Imagina-te no meu lugar. Só te peço uns minutos, nada mais. Depois diz-me como me devo sentir agora que tenho tempo para mim e para pensar porque é que o meu coração insiste em acelarar cada vez que me lembro do teu olhar malandro. Porque eu no fundo tenho medo de sentir.
Há uns tempos disseram-me que tinham pena de eu não ter encontrado o amor desta vez, para contar tim por tim tudo o que vem de arrasto. Eu respondi logo logo sem hesitar "eu encontrei o amor em forma de amizade que é muito mais bonito". Mas a amizade não faz com que o cigarro que temos entre os dedos trema e que percamos a noção de tudo o que nos rodeia, pois não? É que em momentos como aquele tudo é possível.
Sei quem é que te enche a caixa de entrada. Como é que não haveria de saber? Chegam ao pé de mim, vindos de todos os lados, sempre com algo a dizer em forma de aviso. Se me importo? Prefiro que te ponhas no meu lugar, mais uma vez, durante uns minutos. Importar-te-ias se te dissessem que a pessoa que em tempos não conseguia tirar um grande amor do coração com a tua presença estava agora a seguir um caminho diferente sem ti e pior ainda, com outra pessoa? É como se a tua importância ficasse a zero, que tu não tivesses marcado em nada, que tudo o que pensaste ser certo estava agora embrenhado em discórdias entre o coração e a cabeça. É como se te anulassem como pessoa. E se assim foi?
Boa viagem então.

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