domingo, 28 de agosto de 2011

quimera #9

Todas as experiências da vida dão-nos cabo da mente. Fecham-nos uma porta e lá estamos nós à espera que se abra uma janela no momento que desejamos e mais queremos. Esperamos, esperamos, esperamos e quando já estamos conformados com uma sala sem saídas surge algo que nos transporta para fora. Não questionamos o que é, de onde veio e a razão de tal coisa; aprendemos a aceitar isso e a pensar que tudo vem e que o porquê não interessa nesse momento. E quando a conformação se transforma num ataque que funciona como defesa, é certo que a possibilidade de as coisas mudarem se torna nula, implicando um cem número de negociações com tudo o que poderá ser ou não razoável na nossa vida. O resultado é que a conformação não é aceitável e o ataque nunca funciona como defesa, mesmo que insistamos nessa táctica.
Já pensei milhares de vezes se tudo faz sentido. Se estabelecemos em nós tal vinculação para que tudo se torne de certa forma como idealizámos. Mas acabamos sempre por optar pelo caminho errado, mais fácil e que nos dará mais dores de cabeça.

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