terça-feira, 14 de junho de 2011

o meu pacto

Prometi a mim mesma que nunca mais iria escrever no blog; que estava na altura de assumir o controlo e não divagar a minha vida em palavras.
Sempre consegui transmitir toda a minha dor em letras e sempre fui bem compreendida. Nunca fui capaz de me agarrar ao concreto e preferi decifrar-me em muita subjectividade.
Depois do monstro me ter possuído até às entranhas, depois da maior facada que sofri, era impensável ter sido agarrada como fui.
Lembro-me como se fosse ontem de ter traído a confiança de uma amiga para tu entrares na minha vida. Obviamente não foi propositado mas obviamente estava destinado. E tal como tu, lembro-me de entrares naquela sala e de me dirigir a ti. Depois disso, só Deus sabe. Foi o nosso destino, o teu e o meu. Não sei bem que medo foi este que veio atrelado ao destino, mas ele não me deixa ser quem quero ser contigo.
És aquilo que eu precisava mas que insisto em afastar. Mostras-me uma vertente diferente de ver o que me rodeia, ensinas-me a não pensar e a ser amada pela outra metade de mim. Já o disse e volto a dizer: és de outro mundo! E para piorar, entraste aqui caído de uma improbabilidade tão grande que agora sufoco a todo o momento. Sufoco porque não estava preparada para ser amada novamente, para me quererem e me desejarem. Não estava preparada para ficar segura de mim. Não estava preparada para a tua entrada e para tardes no Batidos, tu, eu e os meus melhores amigos. Não estava preparada para ser acolhida pelos teus falsos e muito menos para apanhar o autocarro para a tua companhia. Não estava preparada para sentir saudades tuas na minha viagem de finalistas e agora quando não te tenho durante um dia. Não estava preparada para a tua presença na noite mais importante da minha vida e lá estavas tu a meu lado. Não estava preparada para ti e metes medo. E depois disto não estava preparada que gostasses de mim da maneira que eu não gosto e repelo.
Não consigo deixar o passado, não tenho confiança no presente e sinceramente não aguento pensar no futuro.
Tenho medo de te perder, é certo. E que não suportes tudo isto em mim que não consegues vencer.
Não consigo mais, não consigo. Acho que não estou pronta para isto e tu não mereces a maneira como lido com o que me envolve.
Não sei no que estou metida. Só sei que enquanto eu não gostar de mim não consigo entender o porquê de tu gostares de mim assim.

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