sexta-feira, 22 de abril de 2011

eu cá preferia morenos

Nunca se tem a capacidade total para se concretizar esperanças de modo a obter-se a tranparência na forma de ser de uma pessoa. São rigorosos os passos a seguir e nunca se sabe se se deve ou não olhar para aquele passado assombrado por um fantasma que suporta a desconfiança em sabores agridoces de uma paixão cega. É uma questão de se aprender a viver rodeado de defesas capazes de destruir qualquer ataque sagaz contra a nossa maneira de ser e sentir.
Saber curar uma ferida está para além das nossas capacidades, é preciso um tratamento eficaz, uma solução frágil para um problema imperdoável. Essa fragilidade que caracteriza a solução por vezes é tão grande e tão insuportável que, sem darmos conta, toma conta de nós mais do que queriamos. Mas vendo bem, é delicioso sentir o nosso consumo compulsivo por algo inesperado e muito contraditório. Vendo bem, não estava à espera de um betinho que gostásse de fumar umas ganzas ao som de Damian Marley, loiro, admirador de futebol, de mar, de Pearl Jam, de pessoas genuínas e de mim. Vendo bem, estou com um medo horroroso de criar uma arma e não uma defesa. E vendo bem, foste um dos maiores sustos que apareceu nestes meses.

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