sábado, 12 de fevereiro de 2011

breathe out

Entro e sinto o coração aos pulos a adivinhar qualquer coisa. Ao fundo oiço Pearl Jam. Estranho, não? De repente um monte de melhores amigos salta-me para a frente com um monte de carinho naquela alegria emanada em palmas, cornetas e uns tantos berros! Páro e penso 'tem uma reacção'. Não consigo! Procuro caras conhecidas e que me aqueçam o coração. Só flashes e mais flashes e nada de reacção. Quero sair dali, refugiar-me no meu cantinho e não ser o centro das atenções! Por falar em atenções... ATENÇÃO: os grandes Kafka Dog foram exclusivamente convidados para atuarem na minha festa-surpresa mas depois de tudo programado, elementos da banda tiveram compromissos maiores. Compreensível, bastante.
Mas estavam lá todos. Altos, baixos, betinhos, skaters, tias, hippies, alternativos, discretos, excêntricos, de franja, de caracóis, de cabelo esticado, de artes, de economia, de infância, de liceu, de família... misturados naquele ambiente estranho ao som daquela música de fundo. Poucos mas bons!
E de quem foi a ideia? Da parva da minha mãe! Odeio-te porque conseguiste-o esconder a mim, à pessoa mais desconfiada que alguma vez irá existir. És mágica, só pode! Não havia necessidade, eu contentava-me com um jantar no chinês como estava combinado.
E depois, a meio de uma mão cheia de conversas, ocorre-me uma pergunta que não devia ter surgido ali àquela hora: porque é que somos invadidos por uma catastrófica sensação de tremura sempre que acontecem determinadas situações? E não, não falo destas surpresas porque essas nem palavras há para descrever, mas sim de abalos sísmicos no meu coração que é recortado a saudade.
ps- obrigada por me esconderem uma sala cheia de balões, são as melhores!

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