quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

são escolhas #4

Depois de muito tempo foste motivo de pensamento de umas valentes e demoradas horas do dia de hoje. Lembrei-me que sempre gostaste de ir pelos caminhos mais fáceis e na minha cabeça fez-se luz. Já descobri a razão para tudo! Não gostas nem por sombras de estradas esburacadas e carregadas de curvas e sem dúvida que eu era e sou uma dessas. Já da outra vez decidiste-te por aí e um amor submerso em dúvidas só mais tarde reapareceu e ainda nem sei bem como. Mal de mim condenar-te ou suprimir essa tua forma de ser, afinal eu apaixonei-me pelo teu lado prático e simples sem questões nem limitações.
Hoje quando te aproximaste já não senti aquele borbulhar! Surpreendentemente nem quis que ele me viesse outra vez torturar por dentro, mas o que é certo é que fiquei o dia todo a pensar em ti e naquele 'bom dia' tão ou mais despachado que tu. Podias ter ficado somente ali, sem dizer uma única palavra e escrevendo-as para esse nokia que já alojou mil e uma mensagens de uma tal de Dália, mas continuavas na nossa (minha?) companhia. A tua presença por mais odiosa que se tenha tornado para a minha cabeça, ainda aconchega por vezes o meu coração! Coitadinho, ainda tem um bocadinho por crescer!
Será que te fiz algum mal e não saiba? Se te incomodo assim tanto por uma razão será, mas volto a dizer que não te condeno nem por nada deste mundo! E será que depois de saberes aquilo que te assombrou a semana passada ficaste a pensar em como seria se pudesses ter feito tudo de outra forma? Mas ainda bem que não o fizeste, mesmo. Se calhar não teria a oportunidade de ver o mundo de outro ponto de vista e ainda não teria crescido até este patamar.
E agora que olho para este pedaço de papel que foi razão para uma mensagem tua que me deixou, e admito, num estado tal que, durante uma hora o meu corpo não deixou de tremer, noto que o carácter das pessoas é demasiado distinto para me tentar debruçar sobre a sua intenção. É a gente que temos!
Se ainda me magoa? Se calhar, mas nada que se compare àquelas desesperantes semanas em que andava desorientadíssima, sem rumo algum. Agora? Já aprendi que não há volta a dar e que se assim foi, de certeza que haverá uma boa razão.
Sei que estás feliz e mais feliz fico por saber que o caminho mais fácil te deu espaço para viver isso.
Se sou a mulher da tua vida? Hoje deste-me a prova que não. Se és o homem da minha vida? Infelizmente és!

Agora apetece-me pô-lo aqui!

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