segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

uma coca-cola para ti e nada para mim


Silence 4- Take me away

Nunca percebi bem a sua cabeça e agora ainda veio confundir tudo mais um centímetro. Não bastava eu saber que já não está aqui para mim? Que já tem dona e que afinal nunca fui a única?
Adorava agarrar no primeiro autocarro para a província, bater à sua porta e gritar com a maior das forças! Mais uma vez não podia estar calado e apreciar o seu momento de glória em paz sem me rasgar o coração? É por isso que o odeio! Odeio-o tanto que chega a doer não ter em mim aquele frio que me levava para lá de mim cada vez que sabia que o ia ter na minha posse.
Não tinha nada de me mandar aquela mensagem, não tinha. Mesmo que não signifique nada, para a minha cabeça trouxe um turbilhão de angústia incapaz de suportar.
Eu não estava bem, como é que hei-de ficar agora? Parece que entrou no meu quarto naquela altura, tirou os cobertores de cima da minha pessoa e me esfaqueou com a sua suposta simpatia.
- Fica longe de mim de uma vez!- diz a cabeça farta de explosões e chapadas mesmo nas lembranças.
- Não fujas de mim, diz que afinal sou eu que te adormeço e te acordo, que te levo para longe mesmo que seja a maior mentira deste mundo!- implora o coração cheio de esperanças inconscientes.
Se eu fechar os olhos, pedir com muita força e depois os abrir, será que já se foi embora? Eu não aguento mais saber no que te tornaste. Larga-me de uma vez por todas, não quero mesmo sonhar mais contigo e cheirar-te cada vez que me assolam recordações cruéis.
Vai e não voltes nunca mais porque se voltares juro que o meu coração se vai fechar.
ps- lembra-te só quem(...)

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