quinta-feira, 17 de junho de 2010

"para quê perder mais tempo?"



Paralisei, estou em brasa por dentro e a ser consumida pela maior paz deste universo.
Já tentei equacionar os 'porquês', subtrair os 'comos', dividir todas as possibilidades e somar todo aquele sentimento, mas ao coração só chega um calor de dimensões inexplicáveis e com uma forma meiga. Sussura lá ao ouvido!
Mas isto é que é gostar? O que eu tenho até agora sentido são só peças de um imenso puzzle? Então este friozinho sempre que penso nos teus olhos, que me escavam insistentemente, é que é a forma mais verdadeira de gritar o teu nome e pedir que me venhas abraçar? Isto é que é o amor?
Sempre se disse que amor é uma palavra bastante forte para se pronunciar mais do que uma vez na vida, pelo menos o amor sincero. Acho que sempre tive medo disso, de nunca sentir mais do que umas simples peças e não o puzzle todo que é montado de uma vez só em todo o coração, preenchendo-o por completo; venha quem vier, exista quem existir. Se calhar fugi sempre disso, escondi-me dessa possibilidade e retraí sentimentos. Digamos que nunca fui muito adepta do sofrimento e como a minha mãe diz 'tudo tem um fim'. Isso sempre bateu cá dentro, não posso negar. Mas algo me disse que desta vez devia deixar que pousasse na minha mão e não largar mais, nunca mais. Devia agarrar aquele amor. Uma segunda oportunidade nunca fez mal a ninguém pois não?
Agora responde-me lá: isto é que é o amor? É tirar as pétalas do malmequer, uma a uma, e calhar um 'bem-me-quer' como desejamos? É contar as estrelas e vê-las multiplicarem-se até ao conforto daqueles teus braços? São milhares de faíscas a sairem-me pelos poros cada vez que me dás a mão? É adormecer a pensar em ti e esperar que durante a noite subas a minha janela e te deites a meu lado? É ter sonhos descontrolados? É ter esta segurança como nunca tive? É sentir o teu cheiro sempre que leio uma mensagem tua? É esta magia?
Pela primeira vez posso dizer que estou perdida de amores; pela primeira vez posso escrever que estou realmente feliz; pela primeira vez em toda a minha vida posso segredar(-te) um amo-te verdadeiro.

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