quarta-feira, 24 de março de 2010

afinal à 4ª é que é de vez

Não conseguia terminar a frase, estava presa na garganta como que se de um perigoso fantasma se tratasse!
Larga-me” gritei.
Ele voltou a insistir… batia cá dentro, esmagava cá dentro, pressionava cá dentro e eu morria de medo que aquela dor se transformasse em sentimentos literais em vez de ideias metafóricas.
Sonhava acordada com o dia em que um papelinho acertasse a minha janela e partisse o vidro de tão poderoso que era; sonhava que esse dia fosse agora e não foi!
Algures pelo caminho apercebi-me de peças perdidas, peças essas que tinham cores amareladas e já transpareciam desgaste pelo tempo.
Sai”, não saia!
Voltei a implorar “Desaparece” e não desaparecia…
Pedi uma quarta vez “Vai embora, já não preciso de ti, já não preciso desse cheiro” e ele foi embora, assim.

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